por Hanna Carvalho, Marianne Teixeira e Ricardo Porto
A segunda tarde do Intercom Sudeste, no dia 8 de maio, veio mais tranquila que a anterior. Um maior tempo para análise da programação permitiu a escolha prévia pelos congressistas das apresentações que desejavam assistir. Ao chegar no campus, entretanto, depararam-se com uma série de problemas que dificultaram, mais uma vez, o total aproveitamento do evento, como salas trancadas, a ausência de palestrantes e a falta de pessoas preparadas para operar os computadores e equipamentos.
Foi o que aconteceu, por exemplo, na Sessão 18, de Comunicação Audiovisual. Já em outras salas, a reclamação dos ouvintes era do alto nível técnico das apresentações, direcionadas apenas para a compreensão do avaliador, gerando uma grande dispersão dos espectadores. Esses problemas, também presentes nas apresentações do dia anterior, foram recebidos sem nenhuma surpresa por alguns dos presentes.
"Nem mesmo cheguei a alimentar expectativas sobre o evento", desabafa a aluna do 1º período de Comunicação Social da UFRJ, Camila Romana.
Por outro lado, em outras apresentações, houve um bom andamento dos trabalhos, com debate constante por estarem relacionados a temas mais interessantes ao público, relacionados à sociedade em geral. Na sessão 15, "Comunicação, Espaço e Cidadania", por exemplo, houve grande interação dos participantes, o que deixou os palestrantes mais à vontade na hora de suas apresentações. A infra-estrutura também foi outro ponto positivo, pois, apesar de lugares muito diversificados, a maioria deles eram amplos e confortáveis.
Para outro aluno de Comunicação Social da UFRJ, Saulo Pereira, a experiência do Intercom foi muito importante.
"Esses dias de apresentações me ajudaram a amadurecer a idéia de como montar um trabalho científico", disse.
Os exemplos de pesquisas vindas dos quatro estados do Sudeste possibilitaram uma visão diversificada das regiões, dentro dos temas específicos de cada sessão. No entanto, o encontro ainda não terminou e as oficinas da noite eram esperadas por seus inscritos, assim como o Painel "Revoluções na Comunicação: Midialivrismo, o Copyleft e as Redes", que também era aguardado com ansiedade pelos congressistas.